Depois da abolição: perseguição
e preconceito
A
abolição da escravatura, embora tardia, foi importante, porque restituiu aos
negros a condição de seres humanos. Entretanto, eles continuaram subalternos,
marginalizados e humilhados. Levavam uma vida miserável, não tinham acesso à
educação e saúde e também não tinham liberdade para cultuar as entidades
religiosas do candomblé, os orixás.
(DIEZ, Albani Galo. Segredos da Bahia: história. São Paulo: FTD, 2001.)
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Denúncia de preconceito
(...)
A pedagoga negra Iolanda de Oliveira protestou quando, no elevador social de
seu prédio, o cachorro que a vizinha carregava no colo lambeu seu rosto. A vizinha
respondeu: “É a cor da sua pele que atrai o cão”.
Na
saída do elevador, a vizinha perguntou ao porteiro quem era “aquela crioula” e
disse que a princesa Isabel (que aboliu os escravos) era “a culpada de tudo”.
Iolanda
levou o caso à delegacia e ao Ceap (Centro de Apoio a Populações
Marginalizadas). O advogado da entidade, Sérgio Martins, diz que casos assim
podem render ações por injúria e danos morais.
(ESCÓSSIA, Fernanda da. Pedagoga diz que sofreu
preconceito de vizinha.
Folha de S.
Paulo, 02/06/1997,
p. 1, c. 3.)
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Preocupados
com essa questão, a Escola de 1º Grau Luiza Cecília e o Grupo Escolar de
Minação vêm desenvolvendo trabalhos no intuito de valorizar os direitos de cada
um, trabalhando de forma lúdica.
Sob
orientação de alguns professores, os alunos têm feito produções voltadas para a
questão da Consciência Negra, como uma forma de valorizar e respeitar o direito
de cada um.
Cartazes confeccionados pelos
alunos do 9º ano